Vinte e cinco casas
três ruas
duas travessas
o largo da igreja
o sino que toca, de hora em hora,
descansa na madrugada silenciosa.
Há sons que caminham
pelas estradas não alcatroadas,
de terra batida, de calçada.
O eco desafia a velocidade do som
e repete-se, repete-se, repete-se
até que as velhinhas entendam
à segunda ou à terceira vez
a vida citadina dos seus filhos
que o sonho desfez.
Aqui o céu está mais perto da terra
— Tão perto, que a nossa voz se perde
por tão longe que quisemos ser.
Lindo!
Adorei Ricardo
Obrigado pela apreciação, Isa!