Tenho duas casas paralelas
aconchegando-me em tempos paralelos;
é como se uma estivesse abraçando o céu
e a outra beijando raízes profundas na terra.
Na linha ténue desenhada pelo horizonte
quase que ambas se tocam, mas o quase
é algo que não chegou a ser; é a miragem
que relança questões para além do incerto.
Bem sei que sou a perpendicularidade
entre cada uma delas. Por isso fecho os olhos,
estendo os braços, e com uma casa de cada lado
deixo que os caminhos sejam traçados
nas linhas escritas por cada passo,
por cada enlace e por cada momento.
Imagem de montesdoalentejo.blogspot.com
Maravilhosas palavras! Gostei muito de como descreve as casas e a sua localização! Boa tarde![](//blogs.sapo.pt/images/mood/EMOTICON_2020_RAINBOW.png)
“estendo os braços, e com uma casa de cada lado
deixo que os caminhos sejam traçados
nas linhas escritas por cada passo,”
Muito bonito Ricardo.
Olá Sandra,![](//blogs.sapo.pt/images/mood/EMOTICON_GRATIDAO.png)
Muito obrigado pelo comentário
Continuação de boas escritas!
Obrigado pelo comentário Isa!![](//blogs.sapo.pt/images/mood/EMOTICON_GRATIDAO.png)
Esse é sem dúvida um bom excerto que poderia viver sozinho
Continuação de boas escritas!