Tenho duas casas paralelas
aconchegando-me em tempos paralelos;
é como se uma estivesse abraçando o céu
e a outra beijando raízes profundas na terra.
Na linha ténue desenhada pelo horizonte
quase que ambas se tocam, mas o quase
é algo que não chegou a ser; é a miragem
que relança questões para além do incerto.
Bem sei que sou a perpendicularidade
entre cada uma delas. Por isso fecho os olhos,
estendo os braços, e com uma casa de cada lado
deixo que os caminhos sejam traçados
nas linhas escritas por cada passo,
por cada enlace e por cada momento.
Imagem de montesdoalentejo.blogspot.com
Maravilhosas palavras! Gostei muito de como descreve as casas e a sua localização! Boa tarde
“estendo os braços, e com uma casa de cada lado
deixo que os caminhos sejam traçados
nas linhas escritas por cada passo,”
Muito bonito Ricardo.
Olá Sandra,
Muito obrigado pelo comentário
Continuação de boas escritas!
Obrigado pelo comentário Isa!
Esse é sem dúvida um bom excerto que poderia viver sozinho
Continuação de boas escritas!