Poema “Não há melhor lugar”
Poema de Ricardo Jorge Claudino,
publicado a 12/12/2020 no jornal Tribuna do Alentejo
Poema de Ricardo Jorge Claudino,
publicado a 12/12/2020 no jornal Tribuna do Alentejo
(entre a batalha de Ourique e a chegada a Calecute) A sul do Tejo fica a terra que a norte se via muito para além do tempo. A jovem nação, refém entre vales e serras, por fim avista a luz do horizonte: — lonjura de um sonho infinito! Imenso latifúndio sem relevos recompensa para lá…
O livro “A Cor do Tempo”, de Ricardo Jorge Claudino, foi a obra vencedora na categoria de Poesia da segunda edição da Gala dos Autores 2020, evento promovido pela editora Cordel D’Prata.
Tenho duas casas paralelas aconchegando-me em tempos paralelos; é como se uma estivesse abraçando o céu e a outra beijando raízes profundas na terra. Na linha ténue desenhada pelo horizonte quase que ambas se tocam, mas o quase é algo que não chegou a ser; é a miragem que relança questões para além do incerto.…
Ricardo Jorge Claudino acaba de lançar o seu primeiro livro intitulado “A Cor Do Tempo”
Mestre sapateiro sediado em terra singela; martelo na sola, martelo ao sol, mão que segura a sovela conduz o cerol. Avental posto conforta o sapateiro; formas de madeira, curvas formosas, desenho de um roteiro trilhado pelas suas costas. É o peso do final do labor; sim, a dor que ele carrega a fome supera, —…
Desenterra-se o tempo escondido debaixo da terra porque na superfície estamos exaustos. Nunca vi quem tanta esperança depositasse no passado: tu, eu, nós e eles; todos, os que se perderam sem nunca se terem encontrado. A arqueologia de nós próprios é uma viagem até ao fundo do que suspeitamos ser. Sabemos quem fomos? Na verdade,…
Vinte e cinco casas três ruas duas travessas o largo da igreja o sino que toca, de hora em hora, descansa na madrugada silenciosa. Há sons que caminham pelas estradas não alcatroadas, de terra batida, de calçada. O eco desafia a velocidade do som e repete-se, repete-se, repete-se até que as velhinhas entendam à segunda…
Olá a tod@s! É com grande entusiasmo que informo que todas as sextas-feiras irei publicar um poema inédito na Tribuna do Alentejo. Ontem, para começar, foi a vez do poema “As oliveiras falam”. Podem consultar na íntegra em https://tribunaalentejo.pt/artigos/oliveiras-falam Página da Tribuna do Alentejo no Facebook: https://www.facebook.com/tribunaalentejo/
Se pudesses escolher, que cor darias à liberdade? Tens a certeza?! Mesmo depois de te ensinarem que vermelhos são os campos verdes são os lírios e azul é a tempestade? A tua liberdade é do tamanho do livre-arbítrio multiplicado pela vontade. Se pudesses escolher, que cor darias ao limite do universo?