Desenterra-se o tempo
escondido debaixo da terra
porque na superfície estamos exaustos.
Nunca vi quem tanta esperança
depositasse no passado:
tu, eu, nós e eles; todos,
os que se perderam sem nunca
se terem encontrado.
A arqueologia de nós próprios
é uma viagem até ao fundo
do que suspeitamos ser.
Sabemos quem fomos? Na verdade,
há muito que se contam histórias
sobre as planícies revestidas
por este manto sagrado.
Quando uma estrutura do Neolítico
brota numa era contemporânea
há uma ligação histórica comovente;
pensar que durante séculos
as nossas pegadas ali ficaram.
Somos várias camadas;
vivemos no tempo que decorre
e tudo o que estiver para além do agora
será a futura descoberta de quem fomos.
Uma partilha fantástica, adorei ler este poema em jeito de reflexão. Saber-se quem se é, é muito importante… beijinhos, boa tarde
Grato pelo comentário! Continuação de boas escritas
que bela forma de viajar através dos seus poemas! Bom trabalho! continue e votos de muito sucesso!